4 de julho de 2012

Megaman X8


Bom, depois de tempos e tempos falando de todos da série, aqui estou no fechamento do especial Megaman X que eu prometi no blog.

E nada como a Capcom pra enterrar a série com chave de ouro pelo menos. Já que até então ele é o último jogo de plataforma da franquia.

Digo isso por que também tem Megaman X Command Mission, jogo que ainda nem sequer peguei pra começar, mas quando eu o jogar e terminar prometo postar sobre.

Mas enfim, primeiramente, depois de tempos e tempos fazendo jogos da série com leves e sutis mudanças. A Capcom na doce ilusão do 3D resolveu fazer uma jogada nova com Megaman X7, e como podem ver, foi um completo fiasco.


E depois disso, a Capcom aprendeu a seguinte coisa: "Megaman sempre será 2D. Sempre"

Com isso em mente, e com lindos gráficos que o PlayStation 2 e os PC's poderiam oferecer em 2008, a empresa simplesmente resolveu voltar com a jogabilidade side-scroller. Porém com gráficos 3D.

OBRIGADO CAPCOM. SENTIMOS FALTA DISSO NO X7.

E eu me lembro bem de ter jogado o X7 na época que chegou na cidade, nessas lojas que se paga pra jogar, e eu fiquei bem decepcionado, e quando o X8 saiu, aqui na cidade nem apareceu, e eu comprei meu PlayStation 2 e com isso um amigo me disse pra pegar e jogar o X8. Minha primeira pergunta:

"Ele é sequer parecido com X7 ?"


E ele na hora: "Nunca, muito melhor, um dos melhores da série pra falar a verdade"

Me senti aliviado e confesso que achei exagero...

E nisso eu joguei, e sinceramente, achei muito MUITO bom, mas antes de entrar em aspectos de mecânica, irei abrangir o roteiro do jogo.

Basicamente, agora o trio, X, Zero e Axl, foi investigar a torre Jakob, um Maverick que teria aparecido causando estragos, e nisso ao derrotar o Maverick, Ville (sim, ele  mesmo, revivido de novo e agora verde) sequestra o líder do projeto Jakob, Lumine. O projeto incialmente era pra povoar a Lua com reploids.

E simplesmente aparecem novos Mavericks sem muita explicação, e depois com o tempo, Lumine se pronuncia autor da situação e que os reploids como Axl capazes de copiar os outros são uma nova geração na qual Axl seria apenas o protótipo e Lumine seria uma versão perfeita.


E no caso, existiriam muitas versões desses novos reploids e todos eles seriam extremamente programados para NUNCA se tornarem Mavericks, mas Sigma estava por trás de tudo (de novo), e simplesmente instalou sua própria programação nesses "copy chips". Ou seja, se antes eles se tornavam Mavericks por causa de Sigma, agora era questão de tempo até eles se tornarem Mavericks por vontade própria.

E com isso em mente, passando o jogo, derrotando Sigma, que dessa vez não é o último chefe e sim penúltimo, Lumine se revela ter usado Sigma para seus planos de forma onde somente os reploids perfeitos existiriam.

E eu novamente adorei a ideia dos chefes voltarem a ser mais maduros, eles tem pensamentos e objetivos próprios e a maioria deles concorda com Lumine e por ae vai, não é algo retardado como o X7 tinha feito de novo.

Bom, vale citar antes de tudo que X8 foi o jogo escolhido pela Capcom pra REALMENTE MATAR SIGMA. A Capcom deixou bem claro que ele foi um bom vilão e o tempo de vida dele deveria chegar ao fim, e eu honestamente gosto do fim dele.

Apesar de que Sigma nem de longe se compara com Dr. Weil da série Megaman Zero, ele foi um bom antagonista e um dos meus vilões favoritos apesar de sua simplicidade.


E agora, em aspectos de gameplay, como eu havia dito, tudo voltou a ser side-scroller, e 6 das 8 fases seguem esse padrão, as outras duas são diferentes, uma delas com o retorno das Ride Chaser, mas não necessariamente em forma de moto, e sim um veículo de neve, e essa fase apesar de difícil é bem divertida, agora a outra, é um modelo voador na qual atravessamos a cidade dando tiros de leve no chefe antes de enfrenta-lo.

Essa fase sim é chata pra caralho. Acho que é a única coisa chata do jogo.

E esse jogo apesar de voltar ao padrão, tem muitas novidades, irei explorar todas.


Começando com o sistema de vidas, agora são 3 vidas, e se perder todas tem que voltar no começo da fase e não em checkpoints ou na cara dos chefes como de costumes, outra novidade é o sistema de comprar, no meio do jogo há algo que funciona como dinheiro e se compra vidas, E-tanks e até mesmo upgrades pros personagens, como uma extensão do combo para Zero, mais resistência e energia para personagens e golpes que quebram a defesa de inimigos.

Sim, alguns se defendem e é mostrado um escudo na frente deles. Ideia interessante muito bem usada por sinal.

Outras das novidades são as novas comunicadoras que te ajudam, Alia, a mais antiga de todas te dá descrição da fase, Pallete que mostra localização de coisas secretas e partes da armadura e Layer que dá descrição dos chefes e o que se deve usar para melhor enfrenta-los.


E sem contar que depois que se termna o jogo, se abre uma forma apelativa de cada um, Zero ganha a versão Nightmare, conhecida como Black Zero, X ganha a Ultimate Armor, que dessa vez é diferente, após 3 jogos usando a mesma com cores diferentes, e Axl ganha uma versão branca com dash mais longo e agora flutua no ar infinitamente.

Uma coisa divertida no jogo é que se joga em dupla, e entre os 3 há muitas diferenças que podem ser muito bem exploradas. Zero continua com dois pulos porém, agora ele usa várias armas, e elas são Z-saber, lança, luva, leque e por último a Sigma Blade, que causa um dano absurdo e pode até mesmo tirar a graça do jogo usando ela, ainda bem que se só obtém ela terminando o jogo com ele.

X continua o mesmo de sempre, mas agora você precisa achar a armadura neutra, pra depois achar 8 peças que somente colorem a armadura, ela toda vermelha é a Icarus Armor e a azul é a Hermes. Ambas com suas diferenças e o legal é que se pode alternar as peças podendo usar partes das duas ao mesmo tempo.


E Axl, continua com a ideia do X7 porém muito melhor executada, ele flutua por algum tempo, atira sem carregar e tem menos energia que o resto, exige um pouco mais de cuidado e malícia pra se jogar com esse personagem.

Outra característica do jogo é que os personagens novamente não abaixam mas dessa vez completamente proposital para que aumente ainda mais a dificuldade do jogo e te obrigue a esquivar usando dash.

E acho que a novidade mais interessante é sem dúvidas o ataque em dupla, sendo ela com qualquer um dos 3 personagens sem necessidade de ordem ou qualquer complicação. A única coisa paia é que sempre fazem o mesmo ataque, X solta um mega canhão, Zero faz a espada aumentar e sapeca ela sem dó e Axl atira com duas armas. Acho que poderia haver algo mais... como X com Zero ser uma coisa e X e Axl ser outra. Mudar tudo pra motivar mais as pessoas a jogarem mais e mais.

Sem contar que as músicas novamente voltaram a ter aquela cara de Megaman X, coisa que havia sumido no jogo anterior, dessa vez as músicas são mais tensas, tem um clima diferente, e algumas voltadas pro metal, mas só de ter de novo aquela pegada das anteriores já me deixou muito mais motivado de jogar, algumas músicas dá vontade de jogar com volume bem alto. Como por exemplo essa.


E a dificuldade é bem alta, nos chefes nem tanto, mas nas fases de modo geral sim. A dificuldade é algo comparado ao Megaman X6. Ou seja, os recursos existem, mas absolutamente nada é de graça nesse jogo.

Tudo isso, aliado a um roteiro mediano como sempre, gera a chave de ouro da série Megaman X, simplesmente um dos meus favoritos, acredito que seja o que eu mais gosto depois do X6, pelos fatores desafio e jogabilidade empolgante.

Até por que, se dependesse dos finais...

Bom, como sempre né, mas vamos repetir.

Os finais são 3, um pra cada personagem que se termina, e somente o de Zero é decente, o de X é meia boca e de Axl é completamente inútil.


Quem quiser ver pode conferir aqui. Achei dublado em inglês. Foi o máximo que eu consegui. Mas de toda forma vou conta-los por que não vai mudar em nada.

O de Axl, Lumine dá um golpe nele bem na cabeça, onde podemos ver o cristal que é provavelmente além do chip a única diferença dos reploids avançados pros modelos anteriores, o de X ele questiona a possível evolução na qual Lumine acreditava e de Zero ele pensa em abandonar os combates, afinal de contas a única ameaça a nível dele (Sigma) havia definitivamente batido as latarias, e diz pra X que apesar de toda a evolução, se acontecer algo eles vão precisar lutar e que isso não mudaria nunca.

Com tudo isso temos um jogo super empolgante, emocionante, com história meia boca mas mesmo assim legalzinha, músicas novamente decentes e nova mecânica, Capcom realmente fechou a série X com um jogo supremo, digno e realmente inesquecível.

Isso tudo sem contar que é possível abrir as 3 comunicadoras do jogo, cada uma com gameplay de um personagem já jogável e é SUPER foda ver Zero gritando Shoryuken e Sempuu Kyakuu.


É uma pena que até então seja o último jogo da série, apesar de que Inafune saiu da Capcom, esse jogo não foi produzido nem por ele e nem pela equipe original, somente o desenhista oficial que manteve na equipe, todo o resto era novo por que o jogo é 3D com mecânica 2D e no caso foi necessária uma equipe totalmente diferente pra isso.

E agora que Keiji Inafune está oficialmente fora da Capcom, não entendo o motivo pelo qual a série está abandonada.

Já que X6 e X8 que são excelentes jogos não foram feitos por ele. Qual motivo impede a criação de um jogo da série ?

2 comentários:

Mestre G13 disse...

megaman x8 é pra mim um dos melhores jogos do ps2 e de todos os megamans. sou super fã da série (tanto que já zerei megaman 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, megaman e bass, x, xtreme, xtreme 2, x, x2, x3, x4, x8 xD) e gostei muito das análises e das fotos. "perfect" (como diria o narrador do street fight)

Mestre G13 disse...

também zerei megaman maverick hunter x do psp e o megaman x já zerei acho que no mínimo 26 vezes :x