24 de junho de 2011

Battle Circuit (Arcade)

Bom, aqui estou eu novamente, depois um período um tanto longo eu diria devido a problemas técnicos no meu computador e falta de tempo no trabalho, afinal estou a quase um mês sem fazer uma postagem e resolvi falar de um jogo que eu jogo com pouca frequência, mas vou explicar o motivo apesar de eu gostar muito dele...

Trata-se de:


Sim, trata-se dele, o meu, o seu, o nosso...

...

Ops, pera ae, deixa eu me recuperar.

...

Trata-se de Battle Circuit, um bom jogo com uma PEQUENA dose de loucuras mas o motivo de tudo isso você leitor irá descobrir no restante da postagem.



Pra começo de conversa, o jogo foi criado em 1997 pra arcades que tinham o modelo CPS2, criado por ninguem menos que a Capcom, o jogo é do gênero beat'em up e basicamente como todo jogo do tipo o basico consiste em esmurrar o máximo de maxilares possíveis, quebrar muitos ossos, fazer muitos combos e deixar o dedo doendo de tanto apertar os botões de bater e pular e continuar jogando mesmo assim pelo simples gosto de espancar a manolada.

Ufa, quase fiquei sem fôlego só de pensar nisso tudo... Mas fazer o que ?

Afinal, essa é a verdade por trás dos beat' em ups, colocar pra fora o seu lado interior sanguinário e fazer no jogo tudo que você nunca admitiu que queria fazer na vida real, afinal diversão não existe e a única verdade aceita no mundo é a lei do mais forte...

Tá, me empolguei de novo, mas enfim, o que importa é a dose de diversão apesar de toda a loucura do jogo.

Você deve estar perguntando por que eu sempre falo da loucura do jogo, agora irei falar, lembrando que parte da minha também foi exposta...


E pra citar a loucura, começamos com a história, que se passa no ano de 20XX, afinal, a Capcom depois de Megaman e Street Fighter nunca mais se preocupou com datas... e trata-se de uma realidade alternativa e de quebra futurista, e você tem opção de controlar a galera dos Bounty Hunters ou Caçadores de Recompensa, se você gostar de termos nacionais, e eles estão em busca do cientista louco chamado Dr. Saturn e do programa de segurança mega sofisticado conhecido como "Shiva System", não é preciso dizer que o jogo tem um toque de comics, certo ?


Depois de tudo isso, a história do jogo fica um pouco mais loucona, afinal Doutor Saturn é o primeiro da sua lista de vilões com maxilar destruído, e você o prende, o seu empregador, te paga e depois de fazer umas piadinhas bem ruins, te manda em busca de outros foragidos, que por sinal até número de série possuem, e ao detonar o primeiro se descobre do sistema mega controlador de computadores, e ae sua jornada começa de verdade.

Mas como pouca loucura é bobagem, os personagens falam por mim:

Pois bem, cada um deles tem um atributo específico, o primeiro é o Cyber Blue, e ele tem força, Yellow Iris tem velocidade, Alien Green tem vitalidade, PinkOstrich possui golpes que matam de forma instantânea e Captain Silver tem defesa, o que torna o jogo bem legal e a jogabilidade longe de ser repetitiva, caso jogue com mais pessoas ou mesmo sozinho, e não preciso indicar quem é quem da foto, por que acho que os nomes dos personagens são um tanto sugestivos.

Vale lembrar que o diferencial do jogo é o sistema de compra de golpes, e funciona da seguinte maneira.

A cada fase terminada, você ganha uma quantidade de pontos e esses pontos são o que você necessita pra comprar novas técnicas, e o mais legal é que elas são executadas por comandos no melhor estilo Street Fighter e Final Fight, além de que alguns upgrades são pra golpes já comprados, como aumento de dano e com isso mais efeitos de luzes na tela, deixando tudo extremamente exagerado porém a bizarrice é o charme desse jogo. Acredite!


Bom, apesar da história, que normalmente em jogos do ramo costuma não ser nada além de um "motivo pra espancar geral", e uma jogabilidade extremamente simples porém eficaz, eu não o jogo tanto por que as fases são longas, e quando eu zero uma vez jogos do ramo, eu dificilmente volto a jogar, mas admito que é um excelente jogo pra rir e se divertir, e antes de terminar a postagem...

Pra todos que nunca o jogaram, o final aguarda uma surpresa muito interessante. Vale a pena conferir!
 

2 de junho de 2011

Jogos Violentos Realmente Geram Violência ?


Bom, novamente volto a falar de um tema relativamente sério, afinal de conta ele atinge a todos os gamers do nosso país, certo ?

Enfim, todos nós brasileiros, seja por meio da televisão, internet, ou mesmo dos jornais e notícias de rádio ficamos sabendo do massacre de Realengo, onde Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos deu tiros em várias crianças com 12 mortos e depois o causador do incidente cometeu o ato suicida, e um detalhe impressionante é o fato de culparem os jogos que ele jogava mas nunca sequer citaram com a total atenção ao fato de que ele pesquisava sobre terrorismo e ceitas religiosas fundamentalistas, isso claramente nunca é citado.

Compreendo que é um crime horrível e que foi numa situação ainda pior por que foi dentro de uma escola, onde o cara sacou dois revólveres e disparou cruelmente, mas a questão é a seguinte.

Por que só agora falar disso ?


Bom, eu esperei as coisas esfriarem e a oportunidade de ter mais material pra falar do assunto, por que um fator me revoltou bastante.

Trata-se da situação de colocar a culpa nos jogos, afinal isso é muito mais fácil do que falar as reais causas que se lê nos jornais, afinal a publicidade nacional não falou com total ênfase coisas como o fato dele ser adotivo, a mãe biológica ter tentado se matar, e um fator importante, que é o fato da sua mãe adotiva ter tratado ele de modo distinto, afinal ele era o mais novo dos 5 irmãos sendo que eram todos mais velhos e casados, e isso eventualmente fez com que fosse tratato de modo diferenciado pela mãe, e isso fez com que ele fosse um rapaz quieto, tímido e introspectivo e pelo visto nem sequer teve interesse por parte da família para ser tratado, mas isso não vem ao caso !

O que mais me irritou nessa situação, fora o próprio massacre foi o fato da Rede Record exibir uma matéria contendo conteúdo um tanto inadimplente e totalmente sem imparcialidade, que é isso, essa matéria estúpida alegando que videogames estimulam violência em nós seres humanos, como se fossemos terrivelmente manipuláveis por produtoras como Rockstar para nos transformarmos em máquinas de guerra.


É totalmente imbecil isso, afinal de contas vários estudos relatados demonstram claramente melhoras de raciocínio cognitivo e velocidade de pensamento para problemas e essas crianças jogavam videogame, afinal elas precisam disso nos jogos e isso se reflete nas escolas, mas pra nossa querida emissora isso é uma coisa ruim, afinal trata-se de uma emissora onde o dono é um bispo, né ?

Me admira que uma emissora que só tem investimento devido a boa parte de dízimos falar uma atrocidade dessas contra nós gamers que simplesmente queremos um espaço tranquilo pra jogar sem sermos alvos de conspirações idiotas e sem sentido.

Outra coisa comprovada, é o fato de que videogames sim, fazem bem a saúde da criança e que mitos como "os videogames deixam as crianças menos sociais" são meras metáforas, afinal o convívio é uma questão aprendida com os pais e não com uma manete. Outra coisa idiota sempre citada é o fato de jogadores viverem em mundo de fantasia, o que não acontece, afinal a psicóloga Amélia Kassis afirma que os games transmitem a fantasia para nós mas isso nunca implicou em loucura, afinal isso é nada mais que mero incremento da nossa criança interior e por mais que digam o contrário, faz bem pra saúde sim, tanto mental quanto física. E não podemos ignorar que no Brasil videogames, animes e coisas do tipo são raramente vistos como coisa de gosto pessoal e sempre visto como "coisas de criança", o pior de tudo é o preconceito que um adulto precisa lidar por causa de uma coisa um tanto pessoal.

Lógico que tudo demais pode ser prejudicial, mas cabe aos pais limitar os filhos até onde eles acharem adequado, eu por exemplo, fui uma criança agitada demais e com os videogames eu ficava de boa, e meus pais viram que não havia o menor problema, nem por isso me tornei uma pessoal antisocial, ignorante, tímida ou mesmo um atirador. Afinal de contas, os videogames nas crianças tem um efeito interessante, é exatamente o oposto que todos dizem, as crianças passam a ver o que se passa na tela como fantasia e sabe diferenciar ainda mais fantasia de realidade, mesmo ainda bem jovem, e esse discernimento fica ainda melhor com o uso de jogos eletrônicos ou mesmo tarefas como assistir TV.


E deixando bem claro, que adultos que jogaram bastante durante sua adolescência tiveram melhor desempenho em áreas de cálculos e lógicas e boa parte delas seguiu curso de exatas na fase adulta de sua vida, e além do mais, nunca houve uma epidemia de violência que pudesse ser atribuída à games, coisas assim só ocorrem quando há disturbios psicológicos a ponto de pessoas não saber diferenciar fantasia de realidade, como foi o caso do sujeito do massacre, a carta que ele deixou de suicídio é a prova disso, afinal nada ali faz o menor sentido.

Uma outra coisa que vai contra a tudo isso, é o que disse Haim Grunspun, que é psicólogo, psiquiatra, bacharel em direito e professor da PUC-SP, disse e afirma em sua matéria os seguintes trechos:

"A mesma geração de pais e avós que critica o videogame (e eu me incluo nessa geração) parece se esquecer dos filmes em preto e branco de 60 anos atrás em que os índios eram os vilões e abriam, com um machado, a cabeça dos fazendeiros. Era então mais que justificado disparar centenas de tiros de revólver e carabina sobre os nativos. Quando veio o technicolor, o sangue dos índios ganhou cor e aplausos da platéia, que gritava: “Mata...mata...” E nunca ouvi alguém dizer que esses filmes e desenhos prejudicaram a vida adulta dessa geração."

"Como psiquiatra pude comprovar a falsidade dos males provocados pelos videogames depois de fazer algumas pesquisas. Os dados mostraram que esses jogos, na verdade, ajudavam no desenvolvimento da personalidade das crianças, principalmente entre os meninos (80% dos aficionados pelos jogos são homens)."


"Não concordaram que a violência dos jogos os tenha contaminado. Quando perguntamos o que significava para eles cortar a cabeça ou arrancar o coração de um inimigo nos jogos, a resposta foi a mesma: apenas um meio para chegar à próxima fase do seu jogo predileto."

"Outros trabalhos confirmaram que o videogame não é um catalisador da violência. Uma pesquisa feita pela polícia de São Paulo no fim dos anos 80 para detectar a distribuição de drogas entre jovens que freqüentavam fliperamas (e não praticavam esporte) revelou que eles não cometiam atos de violência em número maior do que os grupos que não jogavam fliperama. Estudos com as agressivas torcidas de futebol de Inglaterra, Holanda e Bélgica mostraram que esses torcedores foram esportistas na puberdade – e não aficionados por games violentos."

"Em vez de procurar um bode expiatório para o mau comportamento dos seus filhos,os pais deviam estar mais preocupados em melhorar o relacionamento com eles, demonstrando afeto e procurando conhecê-los melhor. Sentar com eles para uma partida de videogame talvez seja um bom início de conversa..."


Acho que nada mais precisa ser dito, certo ?


Fonte da reportagem do Haim Grunspun: Super Interessante