Bom, agora que já estamos de volta com nossa programação normal, já que eu estava de férias (leia-se: Preguiça extrema e falta de criatividade no máximo), mas enfim, ano novo, vida nova, então por que não postagens novas ?
Afinal de contas, eu não abandonei essa joça. E nem sequer pretendo.
Mas enfim, vamos ao que realmente interessa.
Esses dias, zerei Persona 3 FES (postagem dele em outra hora), e tive incrível vontade de jogar outros jogos da série Shin Megami Tensei, cuja qual é a franquia chefe que carrega Persona, todos os que estiverem em inglês, claro. Mas por enquanto preferi continuar na série Persona, que por mais difícil que seja ainda é o mais tranquilo da franquia, e eu simpatizo mais com ele em roteiro do que com o resto.
Mas não se iludam, Shin Megami Tensei é conhecido por ser hardcore e ter histórias excepcionais.
Enfim, com tudo isso, eu queria jogar o segundo da série, mas havia um problema. São dois jogos Persona 2, Innocent Sin e Eternal Punishment, mas somente o segundo em questão foi lançado no ocidente, o primeiro foi lançado somente em japonês (depois saiu um hack com ele em inglês em 2008, versão americana oficial somente no PSP), e o motivo que se especula é o fato de Innocent Sin ter abordagens sobre homossexualismo e nazismo. O primeiro motivo eu descordo completamente, é tudo isso pelo fato de Eikichi, um personagem aparentemente andrógeno porém narcisista e o motivo maior seria Jun Kurosu, personagem andrógeno master do grupo.
Mas vou explicar em breve.
Agora vamos aos detalhes técnicos, Persona 2 como um todo, não tem gráficos surpreendentes, é tudo usado em sprites de forma simples, não tem movimentação que se possa vangloriar, mas ainda assim bem usada de toda forma.
O sistema de combate é ótimo, nas duas versões do jogo. E sim, eu me esqueci acima mas existem duas versões, a original do PlayStation e o remake do PSP, que por sinal tem gráficos melhores e mais coloridos mas ainda assim a mesma coisa.
Mas voltando ao sistema de combate, o de PS1 e PSP tem pequenas diferenças, no PS1, por exemplo as Fusions Spells, são usadas somente como fórmulas, por exemplo, pra se fazer Tower Inferno são necessárias três magias de: água, terra e fogo. Exatamente nessa ordem e nisso você mesmo que pode montar, enquanto no PSP já é usado o sistema do Eternal Punishment de otimização, no qual a Fusion Spell além da fórmula, pode ser escolhida de forma que automaticamente será selecionada a melhor magia de cada personagem. Desde que os personas envolvidos tenham a magia disponível, claro. E todos podem usar mais de um persona, mas isso seria gameplay do jogo, em história é como se cada um somente usasse um.
Além de tudo, cada persona tem rank, e vai de 1 a 8, e demora MUITO pra conseguir isso, sem contar que ele depois disso continua evoluindo com mutações ou ganhando atriutos no status ou magias novas com uso constante de fusion spells.
Outra coisa legal disponível é o fato de que se pode escolher o sistema de ordem de cada ataque além de poder escolher como será o decorrer da batalha, em um dos modos, o turno acaba e volta sua chance de trocar cada ação e o outro vai repetindo todas as suas útlimas ações de modo que depois do primeiro turno começa a priorizar a velocidade de cada um no combate.
Agora se tratando de roteiro. Que por sinal é impecável. Trata-se de algo no meu ponto de vista genial.
Somente pra começar, apesar de não parecer, se trata do mesmo universo do Persona 1, lançado originalmente também pra PlayStation (a versão americana tinha alterações na história), e pouco tempo atrás lançado um remake pra PSP com a história original em inglês, mesmo que nem tudo indique isso. Algumas coisas são tão diferentes que realmente não parece, mas o que prova isso são determinados locais e personagens do primeiro jogo, também presentes no segundo da série. Mesmo que como coadjuvantes.
O roteiro no início ao fim é brilhante, surpreendente e empolgante. É muito difiícil explicar o roteiro desse jogo sem dar spoiler, mas vou me esforçar.
Começando pelo simples fato da versão americana oficial no PSP ser suavizada, afinal de contas, a japonesa é sempre de uma forma ou de outra alterada.
A sorte é que não é nada que estrague a história, nem sequer incomoda, mas é foda sentir uma alteração na obra original, mas vamos ao que importa...
A realidade do jogo presente se encontra abalada, de forma que todas as coisas que muita gente acredita se torna realidade, tudo mesmo, até as mais bizarras e com isso vários eventos são citados, até que um deles acontece no colégio do personagem principal, Tatsuya Suou.
Porém pouco antes disso, por motivos de história, eles vão parar no Inconsciente Coletivo, onde Philemon garante a eles o uso de personas e explica que persona é nada além da materialização da personalidade de cada um. Lembrando que o próprio Philemon é o persona da humanidade, dos aspectos positivos dela. Enquanto Nyarlathotep, vilão-mor do jogo é exatamente o oposto.
Com objetivo de resolver tudo, Tatsuya, Lisa, Eikichi, Maya e Yukino se posicionam pra resolver o problema em questão. E o motivo de ser difícil sem dar spoiler é que cada evento concluído te da uma pista ou indicação do próximo, de forma que tudo se conecta até no final do jogo.
E como eu disse, Jun é o último a entrar no grupo, fazendo Yukino (que também é do Persona 1) sair de forma definitiva, porém eu disse isso a respeito do fato dele ser assimilado ao homossexualismo pelo fato de ser andrógeno.
Na verdade todos os personagens são extremamente profundos, Jun por exemplo é do tipo delicado, que não age de forma agressiva nem sequer com palavras, e é mostrado no jogo claramente como ele chega a sofrer por isso, Eikichi era um cara gordo que namorava uma das garotas mais lindas do colégio, porém ela de tanto ser humilhada por isso o abandona, o que o motiva a mudar e se tornar até mesmo narcisista. Lisa é uma garota japonesa, porém de pais americanos e é se sente péssima por não saber sequer uma palavra em inglês, mas isso é o menor dos problemas delas (quando jogar irão entender), Yukino aparentemente é bem resolvida mas também passa por um tremendo perrengue.
Maya é a repórter maluca (muito, mas muito mesmo...) que está sempre pensando positivo porém tem seus problemas e seus traumas e nem sempre consegue esconde-los. E Tatsuya é o típico personagem principal de RPG que não fala muito, mas pelo menos ele ainda tem motivo pra isso, e o próprio jogo mostra pessoas irritadas com ele por serem ignoradas.
Mas apesar de tudo isso que eu falei, é só uma gota perto do oceano que eles são em profundidade psicológica.
Parte da graça de Persona em geral é o roteiro, apesar de que no 3 e 4 a Atlus falou claramente que queria dar uma suavizada trocando por exemplo demônios por shadows. E também colocando o fator de vida social, coisa nem de longe presente nesse jogo da série. Porém certas coisas nunca mudam, como a profundidade que já disse, os temas normalmente apocalípticos e Igor, o cara narigudo que sempre está nos esperando na Velvet Room.
Apesar de ter me focado nesse jogo, até por que ele é o tema da postagem, evitei o máximo de comparações possíveis com Eternal Punishment, até por que ele é o tema da minha próxima postagem, e somente lá irei abrangir essa parte.
Mas como já falei, o gráfico não é grande coisa, o roteiro e a jogabilidade são incríveis, mas confesso que na primeira vez que joguei não gostei, eu realmente precisei entender do que se tratava pra gostar, adaptar e acostumar. De fato é meio estranho se você leitor comparar ele com qualquer outro jogo de RPG tradicional.
Um fator importante, é a trilha sonora, Shoji Meguro faz trilhas sonoras tão brilhantes quanto seus roteiros em jogos, são músicas lindas, incríveis e cativantes e a versão remake do PSP ainda te permite escolher entre a original e a refeita. Ambas execepcionais.
Porém, já disse e vou reafirmar, o roteiro é empolgante demais desde que o acompanhe fielmente, e mesmo com a dificuldade alta do jogo, ainda fica super divertido pelo simples fator "O que vai acontecer agora ?" - e é tudo tão surpreendente, que fica ainda mais foda e motivador.
Verdade seja dita. Se quiser RPG com gráfico bom no PS1 vai ter que jogar Chrono Cross, Legend Of Dragoon ou Final Fantasy IX, mas se quiser um roteiro impressionante, Persona em geral é uma série recomendada, com excessão do primeiro pra PS1 que os americanos fizeram o favor de estragar a história. Mas ainda bem que a Atlus viu o erro e fez remake dele no PSP, mas isso é história pra outro dia.
Falando em PSP, esse remake possui um modo bônus, um docinho na boca dos fãs que esperaram tanto, que é o Theater Mode, que são várias histórias paralelas,no qual uma delas se passa no St. Hermelin High School, colégio onde Yukino se formou, e é uma história que gira mais em torno da Maya, e isso é uma motivação e tanto. Não faz parte do roteiro original e pode ser acessado em qualquer parte do jogo. Porém, quando você pensa em histórias bônus a impressão que passa é ruim, mas pelo contrário, essas são boas, simples mas muito boas e são coesas com o universo do jogo mas como já falei, longe da trama original.
Ou seja, não faltam motivos pra se encarar um jogo desses. Certo ?
E pra terminar a postagem, vou deixar a foto do meu personagem favorito.
Enjoy!
12 comentários:
Bah mano, ainda não joguei isso aí, mas pelo o que tu fala ai parece ser bom mesmo... to indo já já dar um jeito de jogar essa caralha!!!
Eu acho bom a série persona porque ela foca bastante no trabalho em grupo e também gosto do desafio que sempre é bem elevado mas ainda não dei o devido foco à série.
Agora que tem 3 jogos disponiveis pro PSP ficará mais fácil... Só estou torcendo pro Eternal Punishment aparecer nele também, nem que seja na PSN.
Melhor jogo de RPG que a humanidade já produziu.
Eu tive um amigo que era muito fanático por RPG. Daí ele me apresentou o game (a versão de Playstation) em meados de 2001. Eu sempre gostei muitos dos personagens e o ambiente desse gênero mesmo sendo um tipo que jogo eventualmente. Essa série Persona parece ser muito interessante mesmo. Gostei da matéria, como sempre muito bem cuidado e detalhado, coisa de fã mesmo e do jeito que eu gosto. E parabéns pelo novo visual do blog, adorei.
"Somente pra começar, apesar de não parecer, se trata do mesmo universo do Persona 1"
O universo não só é o mesmo entre Persona 1, Persona 2 IS e Persona 2 EP. Todos os Persona se passam no mesmo universo, visto que há referências do 2 no 3 e do 3 no 4 (aqui a coisa fica mais séria, com cameos de personagens de Persona 3). Na verdade, os vilões dos últimos Persona só existem por causa do nosso querido Nyarlathotep.
O universo do Persona 1 e 2 são de fato o mesmo, tanto que personagens do 1 se encontram no 2. Entretanto, o universo do 3 é algo completamente novo, tanto que os personas funcionam de forma diferente, e do 4 é meramente anos a frente como a própria Atlus falou ao lançamento. Tanto que é citado durante o jogo. Entretudo, são dois universos, com 3 vilões diferentes, e cada um funciona de um aspecto. O 2 tem Nyarlathotep que tudo indica que aprontava desde o 1 quando se vence Guido. Agora 3 e 4 são coisas novas, diferentes e que funcionam de formas totalmente diferentes.
Tanto que os vilões de Persona 3 que são Nyx e Erebus são aspectos da humanidade usados de outra forma, enquanto Nyarlathotep e Philemon já são todos de formas separados entre "positivo" e "negativo". Agora Erebus é a parte sanguinária do planeta e Nyx é a parte perversa e mentirosa. Entretanto Izanagi é uma deusa vilã e totalmente sem profundidade como os outros.
Acho bacana o estilo dele, bem meio anime. Esse não joguei mas parece legal a jogabilidade RPG dele.
Persona 4>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>Esse jogo
Persona 3 e 4 = Persona for Dummies.
Estou zerando persona 4 depois de zerar o 3 (jornada e answer) o roteiro, tudo do persona 3 é incrivel, uma obra de arte, os personagens são extremamente carismaticos, me interessei bastante agora pelos seus antecessores, boa analise , Aigis Forever S2
Tenho medo de jogar os games da franquia persona ter medo deles serem muito difíceis ao nível de ficar um mal tempão preso em uma parte do game pois eu amo RPGS mais eu não sou tão bom
Me dá umas dicas para iniciantes
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