Pra não dizer que o blog está morto, venho aqui convocar todos vocês que me adoram (ou não) a se inscreverem no meu canal, e assistirem o que eu produzi pra ajudar novatos, a playlist:
DO ZERO AO BÁSICO!
Aqui eu ensino TUDO que sei pra você pegar um jogo, seja ele qual for, e sair na frente dos amigos e dar neles as porradas merecidas, e principalmente se você apanha muito, chegou a sua vez de bater.
Espero que gostem, então gente, bora ver, curtir, comentar, e se não forem inscritos, ajuda que ta foda XD
Pra quem não sabe, Final Fantasy é uma franquia de jogos de RPG's super conceituada, que se escora em muitas características de "bem contra o mal", personagens genéricos, protagonistas desmemoriados e por aí vai.
Quem me conhece, sabe MUITO bem de duas coisas.
1 - Eu acho Final Fantasy super estimado ao extremo 2 - Eu sou terrível em jogos táticos.
O que obviamente me fez passar longe de Final Fantasy TACTICS, porque como o nome diz, é um jogo TÁTICO.
Elementar meu caro Watson. Parece óbvio, não?
Antes de mais nada, quero deixar claro, abra uma nova aba e deixe esse som tocando, vai fazer sentido.
E eu como boa ameba que sou, fiz minha parte e passei longe dele no PS1, então veio o PSP com seu "remake" (na verdade port melhorado com slowdowns) com quests a mais, personagens a mais e eis que de repente surge uma versão traduzida pro nosso idioma obviamente feita por fãs.
Então... eu pensei... será que agora vai?
Não. Não deve rolar, deixei de lado.
Até ver uns vídeos sobre a franquia, e especificamente esse aqui me deixou intrigado.
Nisso, eu fiquei naquela, "Wait... What?! Pera... existe um Final Fantasy com enredo bom? Deve ser exagero, só pode"...
Mas aí no próprio vídeo ele enfatiza que o jogo é muito mais sério que a franquia no geral, ou seja, ele sabe que a parada no geral é meio bobinha....
Aí eu bolei.
Então apesar de ser totalmente quebrado chegando a níveis super absurdos pra quem sabe jogar porém e pra quem não sabe? Aí fodeu.
O jogo é bem difícil especificamente no capítulo 1, o mesmo capítulo 1 que afastou uma boa parte da galera seja no PS1 ou PSP por causa de ausência de recursos e você ta ali se fodendo em batalhas sinistras uma atrás da outra.
Principalmente do meio pro final do cap 1.
Sim, esse print é da versão mobile. Mas o jogo é exatamente o mesmo do PSP.
Então... supomos que você treine, insista, invista, faça como eu que ficou milhões de horas treinando e tentando aprender como passar as partes do Wiegraf com magos e entre outras mais.
Porém, barreiras vencidas, o jogo muda, em especial do capítulo 2 pra frente, onde você já começa a ter recursos suficientes, embora.... Wiegraf apareça de novo.
E se você jogou SABE EXATAMENTE DO QUE EU ESTOU FALANDO!
Mas vamos contextualizar sobre a narrativa.
O jogo começa introduzindo em você (ui) Arazlam, que está contando as histórias, ele diz que Delita é o herói da parada mas que um cara foi apagado da história, e pergunta se quer usar seu nome (ou você mudar, o que não recomendo), que é RAMZA! Nisso o jogo mostra como Delita chegou ao posto de herói e porque Ramza foi apagado da história por ser um herege.
O Capítulo 1 começa com uma parte do jogo que vamos chegar:
O sequestro da princesa Ovelia, efetuado por Delita, melhor amigo do protagonista Ramza Beoulve, o membro mais novo que tinha seus dois irmãos super fodas em cargos absurdamente altos e ele era um zé ruela que tava começando sua jornada.
E por que isso é importante? Delita foi criado como se fosse irmão de Ramza, que o trata como igual apesar de não ser nobre como ele, e Ovelia é nada menos que a meia irmã do recém falecido rei, além do mais o pai de Ramza morre, ainda que acabe de perder a guerra dos 50 anos mas conseguiu uma trégua.
Isso gerou uma NOVA GUERRA (não, não é Game of Thrones), que é a disputa pelo trono, de um lado os leões brancos que são os protegidos da família Beoulve e do outro os leões negros, que são do parlamento indicados pelo Duque Goltanna.
Porém, Delita no meio dessa treta, faz com que tudo não faça sentido, afinal ele é um Cavaleiro Sagrado que sequestrou a princesa no meio do ataque. Então Ramza bugou e nisso voltamos 1 ano, onde ambos eram escudeiros e desbravavam com Gafgarion e demais numa jornada onde encontramos personagens e situações diversas, até ver a irmã de Delita ser sequestrada por acidente... e cacete, o desfecho disso é totalmente surpreendente.
Delita e Ramza, os dois melhores personagens do jogo
Nisso, o jogo volta ao "presente" e do Cap 2 em diante, você basicamente segue a história e consegue personagens super importantes pro seu grupo como Agrias, Mustadio, alguns extras como Construct 8 e Bewolf além de convidados como Cloud (sim, o do FFVII), Balthier do FFXII e Luso (FF Tactics A2 de Nintendo DS) e o fodelão supremo e absurdo Orlandeau. Esse último merece um tópico SOMENTE dele.
Orlandeau é basicamente o Cavaleiro Sagrado chamado de SANTO DA ESPADA - Holy Swordman (ao nome do bagulho) que tem TUDO de bom que Delita, Agrias, Gafgarionn, Meliadou e qualquer outro que você crie incluindo Ramza como Cavaleiro Negro e tudo isso NUM ÚNICO PERSONAGEM, com dano alto, life absurdo e movimentação mediana, algo muito fácil de contornar treinando ou usando Move +1. Tornando ele algo basicamente insuperável. Mesmo você tentando, é muito difícil chegar aos pés de Orlandeau - The God of Thunder. O cara e uma divindade no jogo e muita gente nem usa ele porque segundo dizem "perde a graça".
O CARA TEM NOME DE DEUS DO TROVÃO. Na moral, ele convence muito mais que o Thor.
Chupa Marvel.
Ele é um membro da igreja que questionou sua postura, e foi preso, Delita mesmo como anti-herói, tem o mesmo objetivo de Ramza, ou seja, impedir a guerra e descobrir como e porque a Igreja tá metida na porra toda e sabendo de tudo isso ele o ajuda em sua fuga e ele entra pro seu grupo.
Orlandeau é basicamente uma das principais peças pra entender como e porque a Igreja quer que a guerra dos leões aconteça e como ela enxerga tudo isso.
E eu vou spoilar, o jogo é de 98, o remake é de 2007, dane-se.
A igreja quer mais que os dois lados se enfraqueçam, porque ela como parte do estado, ganha AINDA MAIS força (mesmo sendo a maior delas) e controle de tudo.
Vale lembrar que isso mostra OS DOIS LADOS (dos leões) sendo bem filhos da puta, bastante trairagem, infiltrados, assassinatos, desgraças e derivados. Muita coisa que normalmente nunca acontece num Final Fantasy acontece aqui. E a Igreja está metida nisso. E Orlandeau questiona e vai pra prisão, e por ser fiel a seus princípios, não resiste. Ele poderia EXPLODIR A IGREJA dado o tamanho de sua força? Sim.
É um Deus Ex-Machina? Sim. Não dá pra negar isso.
Então SIM, a entrada de Orlandeau é meio rasa, mas sua história ali é incrível, seus poderes e capacidade de ganhar batalhas basicamente sozinho também.
Então vamos lá.
O gameplay é quebrado porém divertido, e isso por si só define muito do jogo.
Você tem habilidades primárias de sua classe escolhida, as secundárias aprendidas de outras classes, as de reação (normalmente ao receber dano, ou counter), movimento e as habilidades "especiais" de cada classe (como usar duas espadas, por exemplo) com isso é possível criar setup's insanos onde você anda muito, mal toma dano físico e causa dano absurdo, e isso sem exploitar coisas surreais como a classe Aritimético, onde você calcula quem toma dano e qual magia e foda-se. Bizarro né?
Vocês não tem ideia da força desse setup.
Porém divertido, confesso.
Uma vez entendido, e pra noobs como eu, DEMOROU MUITO, mas quando entendi, exploitei adoidado, fiz muita coisa digna de putaria, ok que morri muito no Wiegraf - também conhecida como a mais difícil batalha do jogo, mas passando dele, foi passeio no parque, ao ponto que mal tive game over e quando tive mais em batalhas normais do que chefes, pra ter noção.
A batalha final por exemplo, é uma piada, os inimigos lá são moleza, e eu nem sou um cara bom, usava os char que gostava, nenhum criado, só os da história mesmo e dane-se.
Lembrando que só as fanarts que tem nariz. No jogo não tem.
Meu grupo era basicamente Ramza, Mustadio, Construct 8, Agrias e Orlandeau, ou seja, nada muito absurdo (exceto Orlandeau) e nada muito mexido nos padrões originais de cada personagem, só Ramza que era uma máquina de mistura de classes com as mais diversas skills a ponto de dar dois golpes sendo cavaleiro negro e os caralho.
E como o jogo funciona:
Basicamente você controla 5 personagens e as vezes tem 1 convidado ou 2 dependendo da situação, e vai passando por eventos onde a história vai se desenrolando, através disso tem personagem de tudo quanto há, desde básicos, até secretos e customizações roubadaças, o jogo se passa num tabuleiro onde ao invés de ser o turno de cada um, é por velocidade, ou seja, quem for o mais rápido, estará na frente, ou seja, buffs e debuffs são de extrema e crucial importância aqui.
Com isso o jogo tem objetivos, sejam eles matar todos ou um único membro da equipe (geralmente seu líder) e com isso tem side quests onde pode enviar seus personagens criados, quests secundárias e relativas a história, as principais e no quarto e último capítulo, você basicamente libera quase todos os extras do jogo.
Parece simples, mas não é. Eu basicamente joguei, me diverti, fiquei surpreso com a trilha sonora mais séria e mais forte que o normal, temas mais pesados e tramas mais elaboradas, não é atoa que quase tudo do jogo foi feita pela equipe do Tactics Ogre, ao invés da equipe convencional, o que explica muito do roteiro excelente que o jogo tem.
Um roteiro que apesar da dificuldade insana do capítulo 1, não deixa a peteca cair em hora alguma sobre como te contar uma boa história, com bons vilões, bons heróis, boas motivações, guerra, política, traição, e um final inesperado.
O jogo inclusive usa muito bem determinadas partes de batalha pra contar parte da história, em diálogos realmente muito bons, às vezes até vale a pena deixar a batalha rolar ao invés de matar o líder pra ver as conversas.
Então pera, eu li e gostei de diálogos de um Final Fantasy, tipo, pra caramba.
Se existe um FF onde eu Juninho - gostei e muito foi esse, e olha que sou o cara que sempre fica com sono durante os diálogos da franquia em quase todos os jogos, e de quebra, me fez gostar de jogos táticos, embora eu continue sendo um merda neles. haha
Ou seja:
Acho que achei o culpado pro CoronaVirus, embora eu não goste da ideia de ser culpado.
Concluo assim que Final Fantasy Tactics é basicamente o mais próximo da perfeição que a franquia Final Fantasy já atingiu, um gameplay quebrado porém divertidíssimo, personagens excelentes, Ramza é um ÓTIMO protagonista, Delita é um ótimo anti-herói e sem dúvidas o melhor jogo que a franquia já teve (sim, eu gosto do Cloud mas Ramza é melhor, acreditem), e saiba que não tem um enredo fru-fru de pseudo mortes como FFIV, ou a morte da Aeris/Aerith (que no fundo foi um favor, puta personagem chata) e muito menos coisas forçadas ao extremo como a risada de Tidus, ou seja, ESQUEÇA esse tom feliz e alegrezinho da franquia.
Porque aqui tem um enredo trágico, triste, bem feito, bem pensado então eu super recomendo a todos, mesmo com dificuldades em jogos táticos. Em especial a versão do PSP.
Ou a de celular, que é a de PSP melhorada. No caso, vai dar no mesmo, pena que o jogo custa CAAAAAAAAARO.
Me digam, por que ninguém tem nariz? EU QUERO ENTENDER!
Se quiserem jogar a do PS1 saibam apesar da performance melhor (a do PSP tem patch pra isso) mas os diálogos e a dificuldade eram ainda mais "diretos" e menos rebuscados, ou seja, a nova versão respeita a tradução original, então se possível, jogue no seu PSP mesmo, ou celular na PlayStore, ou emulador, não importa.
O que importa é que existe um Final Fantasy com enredo EXCELENTE (e meu deus não to sendo irônico, eu juro) e sem dúvidas é o Tactics. Recomendo fortemente, e pra quem pensa que odeio Final Fantasy, talvez estejam certos com relação ao VIII e XIII e mesmo gostando do VI e VII pra caramba, ainda acho todos que joguei da franquia de mediano pra baixo (e eu joguei muitos viu) porém o Tactics foi tão emblemático pra mim, que ocupa o primeiro lugar isolado na franquia pra mim, a ponto de Ramza ser dos meus protagonistas favoritos de todos os tempos.
E rapá... coitado dele. Mas isso seria spoiler, deixa baixo.
Mas enfim, até vídeo eu fiz sobre isso, de tanto que gostei e vou deixar pra vocês!
Então se gostarem do vídeo, mete o dedão no Like, se inscrevam no canal, comentem lá e aqui, e eu espero conseguir postar mais em algum momento, porque o tempo ta foda.
Bom, faz tempos que eu quero digitar alguma coisa longa, mas acho que o formato de vídeo acaba sendo mais prático, então que tal se a gente analisar essa situação sobre remakes e ver se existe motivo pra um remake do RE4?
Se curtirem o formato, eu trago mais, basta me dar o sinal que eu estou no caminho certo :D
Eis que volto do nada, sem nenhum motivo pra comparar dois jogos similares só pelo simples motivo de restaurar o caos dos anos 90, onde Sega e Nintendo se digladiavam até a morte.
Bons tempos, muitas paredes vermelhas foram pintadas com sangue nessa época.
Enfim, então aqui um breve resumo das duas franquias.
Mario Kart basicamente começou no Super Nintendo, com o Super Mario Kart, que eu particularmente não gosto muito, depois vieram vários jogos melhorando e evoluindo cada vez mais, e a Nintendo como sempre fez, inovando aos poucos, vendo a reação da galera e cada vez mais tentando ampliar tudo que já era naturalmente bom. Ela basicamente fez o mesmo bolo várias vezes adicionando doses de recheio. Mario Kart basicamente só andou pra frente boa parte do tempo, só ampliou e manteve o que sempre fez a franquia funcionar.
Sonic and Sega All Star Racing foi diferente, eles basicamente copiaram e colaram tudo que o Mario Kart tinha feito até certa época e aplicou a ideia de boosts com maior ênfase, usando diversos níveis de impulso que um boost pode causar, e nada mais aplicou mais conteúdo no jogo de forma geral também. São jogos muito parecidos mas com execuções diferentes, Sonic tem mais conteúdo mas Mario é mais Arcade, mais direto. Porém, depois veio o Transformed, que mudou radicalmente o conceito ampliando e usando os conceitos do antigo Diddy Kong Racing, porém elevando tudo a um novo patamar.
Além disso, mesmo sendo um duelo de titãs, tenho que deixar claro, Mario Kart é a primeira franquia do gênero "corrida de kart", simplesmente estreou e reinou no gênero sozinho, teve alguns títulos que competiram a altura como o Sonic Racing, Crash Team Racing, Modnation, Little Big Planet Karting e etc, mas no final das contas, parece que a briga dos dois maiores do gênero é o oitavo do Mario Kart contra o segundo do Sonic, que é o Transformed.
Então, como eu compartilho da opinião de que são os dois melhores jogos do gênero, e tendo jogado consideravelmente os dois (e mais uma quantia considerável de jogos assim), me atrevi a falar a respeito dos dois. Lembrando que fiz bastante coisa, explorei os jogos violentamente e tirando a parte competitiva, que obviamente é algo pra poucos, eu fiz tudo na medida que um jogador hardcore no meu lugar poderia fazer.
O que sinceramente, pouco importa. Então, sem mais delongas, vamos ver os pontos comparativos dos dois jogos.
Mas caso queiram saber, joguei o MK8 na 150cc e Mirror e fiz tudo, joguei quase da 200cc, no Sonic limpei o World Tour e os Gran Prix em todas as dificuldades incluindo Mirror, então acho que tenho moral pra fazer um comparativo decente.
Personagens
Não tem jeito, Sonic Transformed tem personagens ótimos, Sonic, Ralph (sim, do Detona Ralph), alguns de jogos de PC, Ryo Hazuki, Alex Kidd e os cacete mas... Não tem jeito, Nintendo é Nintendo.
O carisma dos personagens dela é muito maior, o humor inocente cativa mais e além do mais, Mario Kart 8 tem TRINTA personagens bem diferentes uns dos outros (alguns nem tanto né, como os Babies Mario, Luigi, Daisy e Peach) com direito a seis personagens via DLC.
No Sonic Transformed também temos uma quantidade considerável, mesmo que hajam personagens icônicos, nem se compara ao potencial de carisma que Mario e sua companhia transmitem. Nesse ponto, Sonic perde muito feio pra Mario.
No Sonic temos o próprio, Shadow, Tails, e mais uma porrada como BD Joe e Ulala, mas em Mario temos a filharada de Bowser, o próprio, Mario, Luigi, os bebês, Daisy, e através de DLC's até mesmo temos Link. Então... Realmente, não tem condições, a competição chega a ser desleal.
Visual
Na questão de visual, Mario Kart 8 até poderia ser melhor que o Sonic Transformed... Mas se levássemos em conta as versões de console, mas tendo a de PC ali, fica complicado. MK8 é um jogo de 2014 e mesmo no Wii U consegue gráficos impressionantes, mas Sonic de 2012 ali no PC faz um susto tremendo.
Diferente da versão anterior de Sonic (o Racing), que é mal otimizada, tem desempenho duvidoso e mais alguns problemas, além de não ter online, Transformed resolveu TUDO, nos deu um belíssimo gráfico em TODOS os sentidos, efeitos de água, luz, sombra, detalhes dos karts, aviões e botes de cada personagem e tudo mais. É simplesmente mais uma vez a Sega fazendo bonito nos PC's.
Ambos tem desempenho espetacular, independente de qual versão estejamos falando (exceto a do 3DS do Sonic Transformed, mas quem se importa com ela rodando mal daquele jeito com Mario Kart 7 rodando perfeito ali do lado?) mas Sonic faz mais bonito em vista do Mario, porque veio 2 anos antes com um gráfico tão bom quanto ou talvez até melhor.
Particularmente, eu acho mais bonito. Muito mais agradável aos olhos em todos os sentidos. Além do mais, Mario Kart na questão visual pode ser impressionante por causa da gravidade, mas o excesso de velocidade do Sonic somado a uma frenética de nunca "parar", e sempre correr cada vez mais no chão, na água e no ar são simplesmente muito do caralho.
Áudio
Eis aqui um detalhe importante pra jogos de longa duração, a trilha sonora tem de ser boa, não tem jeito, ela é uma parte fundamental pro jogo ser apreciado.
E nesse ponto, temos Sonic Transformed, que melhora o "problema" do anterior (que basicamente copiou e colou as músicas de outros jogos), remixando as faixas clássicas dos jogos usados em fases tema, deixou elas muito agitadas, praticamente todas excelentes e muito mas muito marcantes.
Porém... é Nintendo. Simples, ela é monstra nessas coisas de te marcar com sons pra sempre, e MK8 tem uma trilha simplesmente magnífica, tocada com instrumentos de verdade, gravada por uma banda de uma galera do zói puxada muito boa e putz, fica quase sem comparação.
Mesmo a trilha do Sonic sendo muito foda, uns remixes loucos de grudar na cabeça, MK8 simplesmente detonou tudo porque pegou várias músicas que já amamos e melhorou elas, basta ver os temas da fase do Zelda, F-Zero, ou qualquer música das novas que o jogo tem, ficou simplesmente impressionante.
É, Sega. Não foi nesse quesito que você venceu, mesmo lutando bravamente.
Jogabilidade
Eis aqui o ponto mais crucial de qualquer jogo, e em jogos de kart, tal como os de luta isso é simplesmente algo absurdamente importante.
A precisão dos controles, variedade, modos de jogo e maneiras de jogar influenciam diretamente e indiretamente em todos os sentidos pra uma experiência de verdade nos dois jogos, de um lado temos Mario Kart, que segue a receita de bolo da franquia, ou seja: corra feito louco, faça pequenos drifts nas curvas causando boosts que possuem dois níveis e mantenha a velocidade a todo custo usando seus karts, motos ou derivados. Além do modo de gravidade, que é simplesmente excelente mas que muda muito pouco em vista do que já jogamos com carro ou moto.
Personalizando seus veículos, rodas e até mesmo os trecos que fazem a gente voar que não sei o nome. Ou seja, muito refinamento e dedicação será parte de tudo que o jogo oferece. Porém... Mario Kart oferece algumas coisas que estragam a experiência e eu citarei logo abaixo, mas do outro lado, temos Sonic All Star Racing Transformed, que nada mais é que tudo que o Diddy Kong Racing tentou ser e falhou (não que seja ruim, mas é cansativo esse jogo, puta merda), uma diversão gigantesca usando e abusando de carros, barcos e aviões, pegando boosts de 3 níveis, vários poderes e além dos meros circuitos tradicionais, num modo World Tour fazendo desafios e vencendo corridas.
Mas, Mario Kart oferece somente duas variedades de modos de jogar, Kart ou Moto, e elas são consideravelmente distintas, as fases são sempre as mesmas enquanto no Sonic o jogo logo de cara te dá três mecânicas e as fases sofrem mudanças ou a cada volta ou dentro das próprias voltas, então ele te oferece muito mais variedade dentro do próprio jogo do que o MK8 de forma geral.
Claro que personalizar os carros é algo que faz falta, e no Mario Kart temos de sobra, mas pra compensar isso temos as modificações de "modo" de controle, variando pra focos em jogabilidade padrão, boost, controle, aceleração, velocidade e etc, então meio que uma coisa cobre a outra, ainda que o fator estético fique faltando. Mas pra ser muito honesto, Mario Kart é MUITO bom de jogar, é uma franquia que evoluiu muito com o passar dos anos, mas o primeiro Sonic peita de frente mas com a chegada do Transformed tudo mudou, ele estabeleceu um novo padrão de criatividade e diversão pra jogos de kart, mantendo a ideia e ampliando muito com a chegada das transformações.
Melhorando ainda mais, a física e os controles sempre mudam jogando com botes, onde a física fica levemente mais pesada e temos um pouco mais de "dureza" nos controles por causa da correnteza da água, que por sinal até mesmo ajuda a ganhar boosts; e muda mais ainda nos aviões, tornando a jogatina super leve, podendo fazer manobras que se deslocam de um lado pro outro com grande velocidade (trocando os movimentos do segundo analógico, que faziam boosts na água e no chão por esses) e isso permite uma maior variedade de obstáculos que temos de esquivar durante o ar. Simplesmente genial.
Acho que a única coisa que poderia ter no Transformed como havia no Sonic and Sega All Star Racing, é o fato de cada All-Star ser absurdamente diferente, no Transformed eles sempre viram naves com um ou outro poder levemente diferente e só. Tirando esse fato, todo o resto do Transformed acaba se sobressaindo tanto ao anterior como em relação a qualquer Mario Kart.
Diversão
E por último, o fator diversão, o fator que determina o tempo que você continuará jogando algo, porque esse algo te diverte. E nesse ponto temos uma surra feia onde Mario Kart 8 perde pra Sonic All Star Racing Transformed.
Não estou entrando no mérito das jogatinas online, ambos o possuem e não pretendo focar neles, mas o restante, é que realmente vai pesar nesse sentido.
Mas aí que tá, pra ser divertido um jogo maluco e desenfreadamente frenético, o que tem de maior foco além da corrida? Os poderes! Claro!
Em Mario Kart os poderes são fortes demais, perseguem demais, e ainda tem a merda do casco azul (que morra o maldito que o inventou) que simplesmente não é nada justo, ele é lançado pelos últimos corredores, acerta e explode o primeiro e faz o segundo ou terceiro vencer.... E só. Em Sonic Transformed, vemos exatamente o contrário. Como eu disse acima, os poderes são um mix de sorte e habilidade, estar nas primeiras posições em Mario Kart SEMPRE, eu disse SEMPRE vai te dar coisas mega básicas como casca de banana e moedas, e só. Raramente pegará uma buzina ou cascos verde ou vermelho. Isso jogando mesmo nas dificuldades mais altas como 150cc, Mirror ou 200cc.
E adivinha, a CPU tira casco vermelho, azul e a porra toda O TEMPO INTEIRO, é irritante ao extremo, mas é o que acontece. Algumas situações eu poderia vencer de forma simples e isolada mas os poderes da forma que foram projetados atrapalhavam e muito uma experiência a longo prazo gerando frustrações totalmente desnecessárias.
Em Sonic é perfeitamente possível pegar um All Star estando em segundo ou terceiro ou mesmo 3 bolas de neve, boosts ou fireworks, e mesmo se pegar o All Star em último lugar, ele não faz milagres como a estrela do Mario ou sacanagens como casco azul, você fica 10 segundos super forte usando um ou outro poder (dependendo do personagem), fica muito rápido mas não rápido o suficiente pra sair de último pra primeiro. Esses detalhes a longo prazo separam os reais bons jogadores e evita que o jogo seja única e inteiramente baseado num fator aleatório como a sorte.
Então, Sonic Transformed tem um desafio talvez ainda maior que do Mario Kart em sua dificuldade mais alta, mas a forma de escolher seu veículo somado à uma forma mais justo de enfrentar os adversários, tornam essa jogatina longa muito mais amigável. Porque eu particularmente me incomodo muito quando vejo situações onde a CPU parece SOMENTE ter você, (jogador) como alvo e no Mario Kart isso é uma coisa mega corriqueira.
Além disso, tem a questão mais óbvia que é a quantidade de conteúdo, Sonic é provavelmente 2 ou 3 vezes maior que Mario Kart em termos de "coisas pra fazer/pegar" durante o jogo, porque além dos circuitos e dos modos de tempo, tem tempo dos desenvolvedores, World Tour é imenso, e a porra toda.
Concluindo...
SIM, Sonic All Star Racing Transformed é um jogo melhor que Mario Kart 8, não que MK8 seja ruim, porque a menos que não saiba ler, deve ter notado que eu rasguei elogios pra um monte de coisas desse jogo. O problema é que a longo prazo o desafio é meio desequilibrado e a quantidade de conteúdo offline é imensamente menor que do Sonic.
Sonic na contra-partida disso, já usa um desafio melhor elaborado, tem bastante coisa pra fazer, níveis pra pegar, mods pra adquirir com os personagens e etc. Então eu posso dizer sem medo, Sonic Transformed é o melhor jogo de kart dos muitos que joguei, a ponto de ser melhor que o criador do gênero.
Vamos ver como serei xingado nessa brincadeira. Fui!
Street Fighter já faz tempo que não cai de vez no gosto da galera como um todo, a última vez que foi realmente agraciado foi com a desbalanceada versão inicial de Street Fighter IV... Onde a galera hardcore conheceu o online, e a casual ficou empolgada porque acreditava que cenas de anime poderiam fazer uma boa narrativa. Ai ai, como o tempo voa.
Ano após ano, Capcom tomou decisões inacreditavelmente estúpidas com diversos jogos e sem dúvidas uma das maiores foi com Street Fighter X Tekken, brincando com nossos corações de fãs das franquias e entregando um jogo fraco, chato, sem muito o que fazer, com online cagado e lotado de cores de Neon não muito longe de muitos memes que vimos na internet.
Depois disso vieram os gastos em Resident Evil 6 (ainda acho um ótimo jogo mas beleza), e somada às versões pagas de SF4 e o lançamento de Ultimate Marvel vs Capcom 3 seis meses depois de Marvel vs Capcom 3... Tudo ficou consideravelmente complicado pra nossa amiga dos jogos de pancadaria ficar com boa imagem.
E então, quando ela tenta fazer o dever de casa corrigindo a sua gigante cagada, surge SFV: tudo indica que a Capcom queria um jogo cross platform com as 3 principais empresas do mercado (Steam, Microsoft e Sony) mas ao que tudo indica Don Mettrick da Microsoft não concordou em fazer camaradagem de crossplay com a principal rival, Sony decidiu usar isso a favor dela investindo grana e segurando assim o jogo exclusivamente nos seus consoles, tendo assim cross play com PC via Steam.
Aí em 2016 saiu Street Fighter V. Um jogo que melhora boa parte dos problemas do USF4, com a promessa de atualizar seu jogo base e não existir mais iterações pagas e uau, estamos aqui falando de uma das versões do jogo, na verdade da sua terceira versão: Arcade Edition. Criatividade é pros fracos mesmo... Mas enfim, terceira temporada, nome novo e eu deduzo que na quinta ou sexta e última teremos Ultra Street Fighter V, mas acho que é difícil chegar nessa conclusão depois de dois games com esse título. Não acha?
E só pra deixar claro, aviso aos navegantes, quem odiou o sistema de serviço deveria estar triste com jogos como Tekken 7 e Dragon Ball Fighters Z, afinal de contas, são os dois jogos de luta mais relevantes do mercado ao lado do SFV e curiosamente usando um sistema "ruim" que a Capcom implantou... Curioso né? Mas enfim. Vamo que vamo.
O que a Capcom queria é você jogando mais? Deu certo?
A intenção inicial de acordo com vários relatos de pessoas envolvidas com o jogo dentre elas Peter "ComboFiend" Rosas, que por sinal não trabalha mais lá mas alegou inúmeras vezes que a ideia era diminuir a barreira entre casuais e hardcores, que a ideia de melhorar o acesso do jogo removendo links de um frame e descomplicando parte do sistema deixando tudo "mais objetivo" era justamente chamar a galera mais casual pro online, pra competir e quem sabe futuramente ganhar nome na cena competitiva.
Inclusive parte dessas ideias foram pro já nascido e morto Marvel vs Capcom Infinite (que algum dia falo dele) e bom, os resultados no SFV são muito bons em termos de jogadores competitivos, cada vez mais o número de eventos aumenta, de participantes também (exceto da primeira EVO, onde tivemos 5 mil jogadores mas nos posteriores tivemos números acima dos anos anteriores da mesma forma), de pessoas assistindo transmissões e cada vez mais entendendo e aprendendo como o jogo funciona.
MAAAAAAAAAAAAAS, o número de espectadores ao longo do ano caiu gradualmente, e o motivo logo abaixo será explicado.
Porém, a cena casual que geralmente colabora com as vendas iniciais massivas de qualquer jogo, desgostou bastante por causa do choradíssimo modo Arcade, que supostamente faz falta mesmo um Survival estando ali cobrindo suas lacunas sendo ainda melhor inclusive, por propor desafios, dar recompensa em Fight Money e enfim, papo velho esse.
Ou seja, mudou layout, adicionou música, colocou Arcade pra chamar atenção de um público que não consumiu o produto da forma que está agora, reclamaram pra nada. E isso tudo porque o Arcade tem mais de 200 finais, 6 rotas narrativas e coisas na galeria pra desbloquear. Digo e repito, como sempre disse, Arcade se saísse NO OUTRO DIA do lançamento do SFV ainda assim seria visto como algo ruim, Capcom deveria ter se preocupado menos com isso e preocupado mais em balancear o jogo ou coisas como Cinematic Story - uma segunda parte como muitos dizem já estar no jogo.
E as mutreta do Fight Money?
A ideia do Fight Money inicialmente era render o suficiente pra comprar os personagens e depois que a primeira temporada tivesse prestes a acabar, a Capcom implementaria um sistema de desafios semanais.
Dito e feito.
Ela fez e cumpriu, semanalmente recebíamos a bagatela de 5 mil de FM pra fazer algo que as vezes mal durava 2 minutos (to falando sério) e tudo do jogo rendia FM. Desafios extras brotavam e não tínhamos muito menos que quase 7 mil por semana. Algo que acumulado corretamente te permitia comprar personagens com certa facilidade. Afinal, cada um custava 100 mil de FM. Um valor justo pra se pagar por um personagem, e só acho ainda que as vitórias tanto em casual ou ranked poderiam render um pouco mais, mas isso infelizmente não alteraram.
O que alterou é que o FM rende metade do que rendia, mas adicionaram os Soldados Dourados da Shadaloo, você paga uma quantia até baixa e ganha uma recompensa por ela. E normalmente temos 3 tipos de soldados:
- Um que cobra pouco (tipo 500 de FM) e rende uns 2.500, normalmente são fáceis e bem de boas.
- Um que rende uma quantidade de XP mais ou menos considerável, você paga por exemplo 1.500 mas recebe uma quantidade de XP alta, por ter dificuldade não muito alta, geralmente é melhor usar os personagens que joga pouco pra poder ganhar muito nível e por consequência muito FM.
- E o último modelo, e mais difícil, o que cobra uma quantidade mediana como 1.000 mas te dá uns 7 mil de uma vez só.
Cada um desses só aparece de sexta até domingo e só pode ser tentado 3 vezes. Você vencendo eles ou não, o que pra variar, gerou choro na cena casual mas não venha dizer que rende menos, porque rende MAIS, um dos soldados que menos rende por exemplo, te cobra 3 vezes 500, e te dá 3 recompensas de 2500, ou seja, gasta 1500 e ganha 7500, lucrando 6 mil. Com as missões semanais reduzidas na metade basta adicionar 2.500 na conta e fechar o cálculo.
E os bônus por vencer modos offline foram cortados, agora só rende XP e pronto. Não sei pra qual finalidade fizeram isso, mas fizeram. É só uma ideia imbecil mas vai entender...
Mas... os soldados não são algo frequente, eles geralmente vem em ordem e ficam num intervalo de 2 a 3 semanas sem dar as caras, mesmo rendendo mais, o fato de terem esse tempo ausente gerou um rage fodido na galera e com muita razão, e muitos achavam a parada absurda mesmo sendo facilmente exploitável.
Porém, sejamos francos ganhar skin gastando 10 mil de FM (2.500 por semana) no Extra Battle foi uma tacada de gênio, não tem como negar. Só que esse esquema do FM mesmo rendendo mais, tem geralmente um tempo dos soldados ausentes e isso por si só faz com que a diferença do esquema anterior pro atual seja muito pequena. Se os soldados fossem TODA semana pronto, resolveria facilmente tudo mas não, eles optaram por literalmente desestimular o sistema de Fight Money. O que em vista do jogo, é um erro enorme.
Gameplay
A jogabilidade foi refinada com passar das temporadas, muitas mudanças foram feitas da Season 1 pra 2 e sem dúvidas nessa nova temporada, as grandes mudanças são o fato de aumentarem pushback de praticamente todos os golpes, aumentaram os frames de recovery em todos os command grabs em pelo menos 8 frames, os grabs normais irem de 2 pra 3 frames de startup e um novo redutor de dano ao ativar V-Trigger ou Crush Counter, e com os dois somados, o dano reduz ainda mais.
Isso favorece o jogo neutro, diminui a putaria de um possível dash + command grab depois de rasteira e muita mas muita coisa errada acaba melhorando com isso. Throw loops se foram, Option Select (ou OS, que é basicamente fazer duas ações em uma, e pra ativar elas depende da reação do oponente, quase um game shark) foram reduzidos ou desencorajados, jab de anti aéreo finalmente parece a beira da extinção, e tudo isso somado ao que falei acima, melhoram e MUITO o jogo neutro.
Ainda mais agora onde cada personagem ganhou um segundo V-Trigger, que é sem dúvidas uma coisa muito legal e provavelmente das mudanças visuais, a melhor. A ideia é simples: se um personagem tem VT fácil de usar, ele ganhou um complicado ou se tem um complicado, ganhou um simples. Essa lógica se aplica a quase todos os chars e é muito boa pra variar estratégias, resultados em combates e multiplica as possibilidades durante o jogo.
Porém, o preço a ser pago foi caro. Muito caro.
Ganhamos assim situações onde personagens fortes ganharam V-Triggers ainda mais fortes como Guile ou Kolin, e outros que ganharam um VT2 quase tão forte quanto como Akuma ou Abigail. Nisso, tudo isso feito com um FOCO OBVIAMENTE mirado no casual tentando chamar atenção deles com conteúdo single player adicionado brutalmente de uma temporada pra outra, fez com que certo nível de descaso caísse sobre o jogo no balanceamento do competitivo.
O resultado é um jogo onde temos os 4 deuses: Akuma, Cammy, Menat e Guile. Os semi-deuses que são M. Bison, Ibuki, Abigail e Urien e os que conseguem fazer frente com eles que são Mika, Necalli, Blanka, e mais um ou outro personagem. Basta ver como a Capcom Cup teve no máximo 15 personagens e isso contando os secundários. Um MONTE de players tendo na reserva pra situações de aperto personagens como Guile (Phenom), Akuma (Angry Bird) ou Cammy (todo mundo) pelo motivo mais simples possível: tais personagens são tão abusivamente fortes que cobrem quase tudo que o jogo tem, e isso é especialmente notado na Cammy.
De um lado um personagem forte cheio de opções e neutro decente, do outro o Sagat.
E pior que isso, tivemos MUITO mas MUITO campeonato vencido com esses mesmos personagens, tornando assim as lutas previsíveis, cansativas e o público que acompanha torneios naturalmente se desmotivou pouco a pouco.
Lógico que vez ou outra rola umas paradas impressionantes mas... não tanto como ano passado.
Veredito:
O jogo em si melhorou muito aos olhos do público casual, as mudanças de conteúdo realmente chaam atenção mas a Capcom tomou enormes decisões estúpidas como incluir as Seasons 1 e 2 pra quem comprar o jogo na AE mas reduzir pela metade o ganho de FM, botar soldados que não tem um período fixo de estar no jogo, e nenhuma forma de ganhar FM diariamente já que o consumo reduziu.
Mas os personagens mesmo eu gostando de todos, tivemos aí uma visível boa recepção de Cody, Blanka, Sakura e Sagat. Falke meio que passou despercebida e G divide opiniões até agora devido ao seu visual estranho e sua força que até agora é debate, alguns acham ele fraco, outros mediano e alguns acham ele bem forte. Honestamente, G é meu favorito da temporada.
Porém, no competitivo o jogo melhorou muito pra quem usa char mid tier, porém pros low tier foi um desastre, e pros top tiers só fez com que a distância de um bom balanceamento ficasse cada vez mais absurda, tornando assim a tarefa de balancear o jogo algo MUITO trabalhoso, mas muito mesmo pra próxima temporada.
Isso sem contar na tamanha ideia genial de roupas gratuitas que a Capcom teve... PORÉM COM LOOTBOX! Gastando FM, ou seja, um FM já reduzido numa tentativa 100% aleatória usando pura sorte como base e sabemos como funciona essa "sorte" em Lootbox, né?
Lembrando que Lootbox foi o tema mais negativamente polêmico de 2018, ok que é uma coisa totalmente simples que não faz a menor diferença usar ou não mas poxa vida, custava ter a decência de pelo menos não usar Fight Money?
Capcom, faça como a Arc System no DBFZ, ao invés de gastar FM, use os pontos do Arcade ou qualquer merda do tipo, porque aí sim você tem uma fonte infinita de motivos pro cara continuar jogando, porque aí sim faz todo sentido. Você lança skins pagas normais, lança as do Extra Mode que o cara paga FM pra ter cada uma das 4 peças e juntando elas ganhando a skin e tem um modelo "sem custos" ainda mais levando em conta como as roupas do Fighting Chance (lootbox) são muito mais simples, basicamente todas elas são infinitamente mais simples que qualquer skin base do jogo. Só ver exemplos como a Cannon Spike da Cammy e Nash, ou Mike do Balrog, Clássica do Vega, e etc. Geralmente são skins legais mas "muito lisas" sem nenhum tipo de coisa extra, e de quebra sem easter egg das mudanças onde removem partes da skin.
NASH COMMANDO! PORRA!
Fora o Dojo Mode, que é uma parada legal, tu ganha um cenário com uma opção de criar ou se juntar a um Dojo, eu mesmo sou dono do Dojo que representa os Nash do Brasil nos grupos de Whatsapp ("Nash_Cemetery" o nome, entra lá), porém... os itens dele só pega na lootbox do jogo e mesmo sendo barato, não deixa de ser uma coisa que acabou que a galera curtiu, entrou, criou e depois de 2 semanas simplesmente tacou um tremendo foda-se pra isso, fora que a ideia é interagir e tudo mais, só que tudo é feito pelo site ao invés de pelo próprio jogo. Fazendo que novamente o povo cagasse e andasse pra isso.
A ideia é ótima, a execução nem tanto e o resultado é um desinteresse quase que total. Infelizmente. Porque a ideia é genial por si só.
Todas essas ideias são do Yoshinori Ono, que por sinal foi afastado do cargo e agora quem está
lá no lugar dele como diretor é Ryozo Tsujimoto, o cara que deu vida à
Monster Hunter World, e tem a árdua tarefa de pegar um jogo bom que está
ainda mal visto por muitos e com balanceamento visivelmente ruim nas
mãos, quase uma bomba relógio prestes a explodir.
Eu acredito que ele (Ryozo) não só possa fazer isso como vai, porque ele é filho de um dos cabeçudos acionistas da Capcom e isso abre N possibilidades. Porém, não deixa de ser complicado.
Eu mesmo sumi um bocado do blog devido ao trampo e aos estudos do jogo, chegando a quase 2 mil horas e adquirindo a liga Super Platinum, mas com Nash tá complicado de manter e ainda mais num online onde a cada 10 partidas, 8 delas são com pessoas usando Cammy, Akuma e derivados apelões. Então algum freio esses personagens absurdos precisam e precisam disso pra já.
O que a gente pode fazer é torcer, e torcer muito pra Capcom finalmente ouvir a galera e tomar posturas mais firmes com seu jogo, mantendo seu foco no competitivo porque a impressão que passa é que ela "traiu" quem mais apoiou ela durante dois anos com seu jogo seja defendendo ele ou divulgando a todo custo que não era a coisa ruim e incompleta que tantos canais bateram na tecla por 2 anos.
No mais, o jogo progrediu em vários aspectos fora do espectro competitivo, e isso é positivo, porém dar as costas pros que mais apoiaram a nova ideia do jogo foi um tiro no pé, o que temos com isso é uma comunidade cansada de um jogo com neutro ainda problemático, cansada de personagens fortes demais e sem o gás que antes a impulsionava e isso porque tivemos DOIS balanceamentos brutais nessa temporada, a Season 3 e a que chamamos de 3.5. Tal como ano passado com 2 e 2.5.
Capcom, a hora agora é hora de focar e focar no que realmente importa, no jogo competitivamente falando, atendendo a nós que queremos aprender e melhorar no jogo sem ter que contar com situações de sorte absurdas, sem uma tier list tão discrepante e melhorar de vez esse esquema de Fight Money, remover ou melhorar essas malditas lootboxes e começar a voltar pro caminho da glória, onde cada evento tinha uma jogada nova, um char novo e um campeão diferente. Apesar do ano passado o Punk ter passado o trator em geral, teve MUITOS outros players de muitos diferentes personagens tendo destaque, enquanto isso esse ano, mal temos foco em 5 ou 6 e alguns gatos pingados aqui e ali que conseguem fazer alguma coisa relevante usando personagens de dentro do meta do jogo.