18 de agosto de 2013

Skullgirls! Aquele Jogo Que Você Já Deveria Ter Comprado!


"As lendas dizem que um artefato antigo podem conceber desejos à uma mulher...

O CORAÇÃO DE CAVEIRA

Entretanto... se o coração dela é impuro, o desejo dela será corrompido e ela se tonará
um ser imensamente poderoso, atormentado pela destruição

A SKULLGIRL!

Uma nova Skullgirl surgiu, quem irá derrota-la e reinvindicar o Skull Heart."

E assim nasce um dos enredos mais simples que já vi num jogo de luta, porééééém... Isso é um problema?

Não! Claro que não!

Virtua Fighter nem história tem (a pouca presente está nos manuais dos games originais) e nem por isso deixamos de jogar, certo? E não é necessário ir muito além pra ver jogos com histórias com profundidade de poça d'água como Street Fighter, Tekken e etc...


E isso nunca os tornou ruins.

Skullgirls é um jogo indie feito pela Revenge Labs e Lab Zero Games e uma coisa no jogo me intriga muito.

Os leitores do blog sabem MUITO bem que eu não ligo pra gráfico,mas jogar Skullgirls sem notar o capricho gráfico dos personagens e cenários é loucura, é sem dúvidas o 2D mais impressionante que já vi na vida.

É realmente admirável, coisa de ficar observando cada detalhe como se tivéssemos a oportunidade de ficar olhando a apenas 1 metro de distância de uma mulher bela como Angelina Jolie.

Pras mulheres, elas que pensem num bom exemplo, não observo homens.

Mas é fantástico, todos os cenários são ricos de detalhes, movimentos e é um capricho monstruoso, coisa que eu raramente vejo principalmente se tratando de jogos de luta onde cada vez mais o foco é gameplay e modo online.


Felizmente, Skullgirls é um pacote completo!

Vamos por partes:

A jogabilidade do game é simples, e ao mesmo tempo complexa, simples se jogando um personagem contra um, e é algo bem próximo de Guilty Gear ou BlazBlue pela possibilidade facilitada de combos e links, maaaas nada tão gratuito e automático como em Street Fighter X Tekken, exige tempo e habilidade, apesar de não serem necessariamente tão complicado como em outros jogos.

Quando se joga com mais de um personagem de uma vez, uma vez que você é livre pra jogar com 1, 2 ou até 3, usando assists e etc, é realmente MUITO parecido com Marvel vs Capcom, em especial o segundo jogo, é extremamente parecido o modelo de jogo. E super divertido!

Quanto aos sons, olha, o menu do jogo e os sons segue uma ideia de cinema anos 20 super diferente, criativa e ousada, eu nunca tinha visto nada parecido num game de luta e aprovei a ideia. Se uma possível continuação do jogo perder esse tipo de traço de identidade, certamente eu ficarei puto!

Ah, vale citar que toda a trilha sonora foi composta por MICHIRU YAMANE.


Não conhece ela? Sério mesmo?

Eu te apresento, ela é a compositora foda que faz OST de quase todos os jogos de uma série pouco conhecida chamada CASTLEVANIA.

E sim, ela fez do Symphony of the Night e do Order of Ecclesia. Que são fantásticas trilhas sonoras. Não que a dos outros não sejam...

Mas enfim, agora, um ponto foda são os personagens, são diferentes, criativas e no mínimo... bizarras em alguns casos, mas eu particularmente gostei de todas.

O jogo tem modos simples como Online, Arcade, Versus maaaaaaaaaas...

Story mode que até então a maioria dos jogos dessa geração anda MUITO defasado, ou então aqueles arcades sem final decente como Street Fighter IV e tantos outros, não aconteceu aqui!


O modo com o enredo das personagens veio simples e muito caprichado, as personagens tem uma introdução, diálogos interessantes e com muita coesão com as demais personagens e nenhuma delas enfrenta a última chefe "porque sim", todas acontecem ou aconteceu algo que as motiva e as move até esse confronto. Lembra bastante Street Fighter Alpha 3 e Bloody Roar II.

Outra coisa bacana, é que nem tudo do personagem é oferecido de forma automática, muitas vezes você só vai entender uma determinada coisa da personagem escolhida jogando com outra, justamente porque faz parte da apresentação do universo do game, que por sinal é muito bem construído, e usa todos os seus elementos aos poucos, permitindo assim gostar mais de todos os personagens de uma vez, já que envolve mistérios e detalhes a cada jogada.

Um exemplo bobo e sutil, é o motivo pelo qual Ms. Fortune tem o corpo daquele jeito, jogando com ela isso não será explorado, porém ao jogar com Cerebella, esse motivo é revelado com detalhes, porque ele é parte do contexto do enredo dela.

Ou então a ligação entre Peacock e Marie, que só é citada jogando com outros personagens.

Isso torna o jogo mais cativante, você acaba jogando com todas pra saber o que ta rolando e entende o quanto esse enredo apesar de simples é interligado de forma lógica, sem aqueles velhos buracos que vimos constantemente em outros jogos.


Tudo isso com ilustrações fantásticas no melhor estilo Guilty Gear e BlazBlue.

Com tudo isso em vista, ainda tem um tutorial bacana, simples e objetivo que te explica TODOS os passos do game, e nem por isso é necessário um trial gigantesco infinito como os de Street Fighter IV ou KOF 13 pra se aprender tudo do personagem.

Na verdade, você aprende o básico, pequenos combos e os especiais, acho que se todo jogo de luta fosse assim, evitaria o estresse causado por um maldito trial de jogos como os já citados acima.

Afinal de contas, combos extremos são coisas pra profissional e deixar isso pra um jogador casual pode ser mais frustrante que divertido!

O único grande problema, é a quantidade de personagens, que são meramente 8, é muito pouco pra um jogo de luta atual, porém se entendermos que se trata de uma produção Indie, focada em seu bom enredo então acaba deixando de ser um problema grave.

Mas ainda assim um problema... Porém, personagens DLC's estão vindo aí.

E acho que é só, Skullgirls é um jogo simples, mas tem muito conteúdo a oferecer, e vai atingir desde os fãs de jogos de luta quanto aqueles que só jogam esse gênero por boas histórias.


Uma curiosidade interessante, é o fato do artefato ter personalidade e vontade própria, e se um desejo é feito pela metade... Ele acaba sendo sacana e EXTREMAMENTE parecido com Calypso em Twisted Metal.

Se você jogou Twisted Metal 2 ou o Head-On e entendeu os finais, sabe muito bem do que estou falando.